“XVI anos do PCCTAE: o que ficou?” é o tema do IX Seminário de Integração dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação da UFRJ (Sintae) e a primeira mesa de debates do evento reuniu a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia, a dirigente da Fasubra, Rosângela Costa, e a coordenadora de Gestão da UnB, Maria do Socorro Mendes Gomes (Nina) para responder a indagação. 

As três servidoras participaram de todo o processo de discussão e elaboração da proposta do Plano de Carreira e Cargos dos Técnico-Administrativos em Educação no âmbito das instituições federais de ensino. O debate foi mediado pela assessora de gabinete da Pró-Reitoria de Pessoal, Mônica Marques, que vivenciou a luta da categoria pela conquista histórica da carreira em 2005, no governo do presidente Lula.  

“É uma luta histórica. Foram muitos anos de processo de discussão, porque o elemento ideológico ficou presente no debate da carreira com retorno financeiro, mas na perspectiva de uma universidade inclusiva e que atendesse toda a sociedade”, definiu a dirigente do Sintufrj. Segundo Neuza Luzia, “o limite hoje no PCCTAE é a estagnação”. 

“Abrir o debate entre nós em nível nacional trazendo os elementos ideológicos da criação da nossa carreira, começando na UFRJ com a eleição institucional da CIS (Comissão Interna de Supervisão da Carreira)”, é o desafio da categoria, do sindicato e da gestão universitária, afirmou a coordenadora.   

 O PCCTAE, segundo Maria do Socorro, que na época integrava os quadros do MEC, foi um desafio muito grande. O início da discussão da proposta com o governo foi na mesa nacional de negociação do Ministério do Planejamento com as entidades sindicais, em 2004. Eram considerados os impactos jurídicos e financeiros. Ao mesmo tempo, lembrou, o MEC discutia uma reforma universitária e apontava a necessidade de um corpo técnico profissional que favorecesse a ampliação da rede.  “O PCCTAE vem ancorado numa política pública de gestão de pessoas à política de estruturação das universidades”, afirmou

O sonho de ter um plano de carreira (os docentes já tinham) e também nos tornar visíveis na carreira universitária, fez nascer nos técnico-administrativos das instituições de ensino ligadas ao MEC o sentimento de que precisavam ser valorizados e viverem num ambiente onde fossem sujeitos, disse Rosângela Costa. “O PCCTAE foi pensado a partir dessa ideologia. A gente sentia a necessidade de construir o Projeto Universidade para os Trabalhadores, que foi aprovado mais tarde num congresso da Fasubra, explicou a dirigente. 

O Sintufrj transmitiu as palestras dessa mesa: íntegra no perfil do Sintufrj no Facebook.

 

 

Joana de Angelis, coordenadora de Educação do Sintufrj e convidada da mesa de abertura do IX Sintae, disse que a realização do seminário em meio a tantos ataques de um governo declaradamente inimigo da ciência e da educação significa um ato de resistência dos trabalhadores da UFRJ “num evento que apresenta uma universidade viva, com responsabilidade social”.

A dirigente contou com orgulho que junto com dois colegas, um deles Gustavo Cravo, da PR-4, tiveram a iniciativa de organizar os primeiros “Sintaes”, espaço onde a categoria pudesse compartilhar informações e iniciativas. Até que foi institucionalizado pela PR-4. 

Para ela, a temática dessa edição do seminário é fundamental, apesar da grande dificuldade de qualquer interlocução com o governo que aí está, “sabemos o quanto é importante e necessário que a gente pense e discuta, para que tão logo tenhamos um governo onde haja diálogo e democracia, possamos continuar nossa luta por um PCCTAE”.

A cerimônia de abertura do Sintae aconteceu nesta segunda-feira 29. Além de Joana de Angelis, a mesa foi compartilhada pelo vice-reitor Carlos Frederico Leão, a pró-reitora de Pessoal (PR-4) Luzia Araújo (que em dezembro assumirá a Ouvidoria da UFRJ), Rita Anjos, superintendente de Planejamento da PR-4, Rejane Barros, coordenadora da Políticas de Pessoal da PR-4.

A próxima edição do Jornal do Sintufrj trará detalhes sobre a abertura do seminário. A íntegra da sessão que abriu o Sintae pode ser conferido neste link.

Programação

Até o dia 3, quando se encerra o evento, público poderá conferir – além das mesas de debates sobre o plano ou temas correlatos, dezenas de comunicações orais  (há trabalhos de 68 companheiros) e mesas temáticas. Em todos os dias estão previstas atividades culturais. A íntegra da programação está em https://drive.google.com/file/d/1_bOlmxILXZJfYZDKg78mokAT6jfttLET/view

 

 

 

Cadastre-se em https://us02web.zoom.us/meeting/register/tZApd-2oqzIuGtOlHv6xBoSpt6JzEGMMYNnQ e receba o link por e-mail para participar da assembleia!

Na próxima terça-feira (dia 30/11) às 18h vamos realizar uma assembleia envolvendo todos os segmentos da nossa Universidade (estudantes de graduação e de pós, técnicos-administrativos, trabalhadores terceirizados e docentes) de mobilização pela luta contra a adesão a EBSERH.

A EBSERH é a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Aderir a ela representa a retirada da gestão do Complexo Hospitalar das mãos da UFRJ, entregando nas mãos de uma empresa e abrindo mão da autonomia.

Consideramos que esse debate está acontecendo de forma antidemocrática, sem diálogo por parte da Reitoria com a comunidade acadêmica e sem levar em consideração as posições e demandas apresentada pelos estudantes e pelos técnicos administrativos no Conselho Universitário da UFRJ.

Na última terça-feira a EBSERH começou a ser debatida no CONSUNI – numa sessão extraordinária remota puxada com menos de 1 semana de antecedência – e na próxima sessão (dia 02/12, quinta) esse debate terá continuidade.

Convidamos todos e todas a virem conosco construir as ações do movimento para barrar este processo!

 

 

“Gostaríamos de poder trabalhar com previsibilidade e respeito aos melhores padrões acadêmicos”, diz nota dos acadêmicos

Os cientistas afirmam que não têm conseguido trabalhar seguindo padrões acadêmico – Ana Carolina Caldas

Pelo menos 52 pesquisadores ligados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) informaram nesta segunda-feira (29) que estão apresentando uma renúncia coletiva de suas funções na diretoria de avaliação do órgão.

Entre os motivos alegados, os cientistas afirmam que não têm conseguido trabalhar seguindo padrões acadêmicos e que a Capes não tem atuado para defender a avaliação dos programas de pós-graduação. Afirmam também que existe uma “corrida desenfreada” para abertura de novos cursos de pós a distância.

Esta é a segunda demissão em massa em um órgão importante da Educação federal brasileira em menos de um mês. No início de novembro, cerca de 30 profissionais que atuavam na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pediram demissão, a menos de duas semanas da realização das provas.

A Capes é uma agência de fomento à pesquisa que está sob o guarda-chuva administrativo do Ministério da Educação (MEC). Sua principal missão é avaliar os cursos de pós-graduação no Brasil e divulgar informações científicas.

Os professores que renunciaram a seus cargos são das áreas de matemática e física. Na primeira, atuavam três coordenadores e 28 consultores. Já na segunda, eram três coordenadores e 18 consultores. Todos pediram demissão coletivamente. Com isso, a Capes terá de remontar do zero as duas equipes. Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Educação não havia se pronunciado sobfre o assunto.

Em documento publicado pelos demissionários nesta segunda-feira, se lê: “Gostaríamos de poder trabalhar com previsibilidade, respeito aos melhores padrões acadêmicos, atenção às especificidades das áreas e, principalmente, um mínimo respaldo da agência. Tais condições não têm se verificado nos últimos meses”.

A renúncia coletiva gerou temor e revolta nas redes sociais. Veja, abaixo, alguns exemplos de postagens a repeito do assunto, de associações estudantis, políticos e parlamentares da oposição.

 

 

Edição: Vinícius Segalla

 

 

Começa nesta segunda-feira, 29 de novembro, XI Seminário de Integração dos Servidores Técnicos-Administrativos da UFRJ (Sintae). O evento tradicional no calendário da universidade se estenderá até sexta-feira, 3 de dezembro. Como no ano anterior, esta edição do seminário será virtual. Na programação de hoje, a coordenadora-geral do Sintufrj, Neuza Luzia, participa, ao lado de Rosângela Costa, dirigente da Fasubra, da mesa “16 anos do PCCTAE”, o plano de carreira dos técnicos-administrativos. A exposição será logo depois da solenidade de abertura. Confira a programação de hoje.

PROGRAMAÇÃO DE HOJE

14:00h Cerimônia de Abertura

Prof. Carlos Frederico Rocha Leão – Vice-Reitor

Luzia Araújo – Pró-Reitora de Pessoal

Rita Anjos – Superintendente de Pessoal

Rejane Barros – Coordenadora Políticas de Pessoal

Joana de Angelis – SINTUFRJ

Mônica Marques – Representante da Comissão Organizadora IX SINTAE

 

Acesso através do link: https://www.youtube.com/watch?v=20ByIa4Tv0M

 

14:30h Mesa: “16 anos de PCCTAE: o que ficou?”

Expositores

Rosângela Costa – FASUBRA

Neuza Luzia – SINTUFRJ

Representante FORGEPE (a confirmar)

Mediadora

Mônica Marques – PR4/UFRJ

 

17h – Atividade Cultural 01 – Escola de Música UFRJ

Prof. Marcelo Jardim (Vice-Diretor da EM da UFRJ)

Mediadora: Larissa Baruque (PR4/UFRJ)